Milhares de piaparas, piaus, lambaris e principalmente mandis e curimbas boiavam nas águas do Rio Paranaíba.
Os primeiros exames laboratoriais
realizados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais apontam uma inversão
térmica ocorrida na madrugada de terça-feira para quarta-feira como causa da
morte de milhares de peixes no Rio Paranaíba. Uma segunda analise que está
sendo realizada em Araxá para detectar a presença de produtos tóxicos na água,
ainda não foi concluída, mas esta hipótese está praticamente descartada.
A denúncia de moradores das
imediações da Ponte do Bigode trouxe preocupação. Milhares de piaparas, piaus,
lambaris e principalmente mandis e curimbas boiavam nas águas do Rio Paranaíba.
Os que ainda não tinham morrido faziam uma busca desesperada por oxigênio.
Polícia Militar de Meio Ambiente e técnicos da Copasa foram para o local tentar
identificar o que ocorreu.
De acordo com Lairton Cairo Vieira,
técnico de produção de água da Copasa, os primeiros testes realizados em Patos
de Minas mostram que uma inversão térmica consumiu quase todo o oxigênio da
água do Rio Paranaíba. O exame mostrou que a água apresentava apenas 0,77
miligramas de oxigênio por litro de água. Esse percentual é muito inferior a
suportado pelos peixes que morrem quando o nível de oxigênio na água fica
abaixo de 3mlg-l.
De
acordo com Lairton essas análises são feitas constantemente. A média das águas
do Rio Paranaíba é de 6,2 miligramas de oxigênio por litro de água a 7,3
miligramas de oxigênio por litro de água. A hipótese mais provável é de que,
com a inversão térmica que ocorreu na madrugada da última quarta-feira, as
substâncias orgânicas que existe no fundo do rio subiram e consumiram todo o
oxigênio da água.
A falta de corredeiras e cachoeiras, que produzem oxigênio da
água e o baixo volume de água do Rio Paranaíba também contribuíram para a
ocorrência do problema. Uma segunda análise da água que está sendo realizada
nos laboratórios da Copasa na cidade de Araxá investigam a presença de
substâncias tóxicas na água. Diante das análises já realizadas, no entanto,
esta hipótese está praticamente descartada.
Autor: Maurício Rocha
Fonte: http://www.patoshoje.com.br
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